Construtora aposta em Imóvel Econômico.

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Vender imóveis para a população de baixa renda no Brasil, nunca foi o melhor negócio para as empresas do setor.





A construtora mineira Direcional, no entanto, disparou no sentido oposto e agora colhe os frutos por ter apostado no "patinho feio" do mercado. Ela não só voltou sua atenção para o programa do governo federal, como se dedicou a construir para o grupo de famílias mais pobres do Minha Casa, com renda inferior a R$ 1,6 mil. 

Em meio a uma ressaca causada pelo crescimento acelerado do setor em 2009 e 2010, e que gerou uma série de problemas operacionais, as incorporadoras de capital aberto pisaram no freio e lançaram em média 39% menos entre janeiro e setembro de 2012 em relação ao mesmo período do ano passado. 

Na contramão do mercado, a Direcional lançou 30% mais. E a arrancada foi justamente nos imóveis super econômicos, que custam até R$ 95 mil. Em 2011, esses empreendimentos representavam 35% do total de lançamentos da empresa mineira. Neste ano, já respondem por 57%.

Esse mercado se enquadra na chamada faixa 1 do programa Minha Casa Minha Vida e tem condições diferentes da incorporação tradicional. Na faixa 1, a empresa submete o projeto à Caixa Econômica Federal e o banco é responsável pela venda dos imóveis à população em condições subsidiadas. A Caixa assume a carteira de clientes e paga a construtora mensalmente de acordo com o andamento da obra.

"A faixa 1 é um negócio diferente da incorporação. O nosso cliente é a Caixa e não o consumidor final"! 

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Diz o diretor superintendente da Direcional, Ricardo Ribeiro Gontijo, filho do fundador da empresa, Ricardo Valadares.





O desafio é desenvolver projetos rentáveis para imóveis vendidos a preços tão baixos. Na cidade de São Paulo, o teto é R$ 95 mil. Em cidades menores, com menos de 50 mil habitantes, não pode passar de R$ 54 mil. Para enxugar o custo das obras e conseguir ganhar dinheiro com casas populares, a Direcional investiu em processos construtivos industrializados.

A empresa usa formas de alumínio para construir seus prédios, em vez de alvenaria convencional. O sistema tem como vantagens a possibilidade de seguir com a obra mesmo em épocas de chuva e a necessidade menor de mão de obra. Com cinco homens, a Direcional consegue fazer um apartamento enquanto na alvenaria tradicional são necessários de sete a oito funcionários.

Essa tecnologia também garante uma agilidade à empresa que faz toda a diferença na hora de fechar a conta. Os empreendimentos levam entre 15 e 18 meses para serem concluídos, quase metade do prazo de uma construção em alvenaria. "Ganhamos no giro", afirma Gontijo.

"Empreendimentos convencionais têm o dobro da margem de lucro, mas construímos mais rápido”. Nos nove primeiros meses de 2012, a Direcional alcançou uma margem líquida de 15%, a quarta melhor entre as 17 companhias de capital aberto. As três primeiras desse ranking atuam exclusivamente para as classes média e alta.

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